No segundo trimestre, a Localiza (RENT3) registrou um prejuízo de R$ 167,1 milhões, refletindo uma redução de 70,6% em comparação ao ano anterior. Em contraste, as receitas da locadora apresentaram um crescimento de 9,4%, totalizando R$ 10 bilhões. O segmento de aluguel de carros cresceu 8,3%, atingindo R$ 2,5 bilhões, enquanto a gestão de frota avançou 10,2%, somando R$ 2,2 bilhões. O Ebitda alcançou R$ 3,3 bilhões, um aumento expressivo de 40,1% anualmente.
A Localiza também viu seu custo de bens e serviços vendidos cair 15,9%, resultando em um lucro bruto de R$ 2,8 bilhões – mais de quatro vezes o registrado no trimestre do ano passado. A taxa de ocupação para aluguel de carros manteve-se estável em 78,6%, com aumento de 10,6% no preço da diária média, que agora é de R$ 148,90. No segmento de gestão de frota, a ocupação subiu para 95,8%, com uma elevação de 111% no preço da diária, chegando a R$ 102,70.
Ainda assim, o resultado financeiro foi negativo em R$ 1,1 bilhão, deteriorando 19,4% em comparação anual. No fechamento do trimestre, a frota da Localiza consistia em 632.957 carros, e a dívida líquida aumentou para R$ 31,35 bilhões, uma subida de 4% desde dezembro. No entanto, a recente redução do IPI para carros novos, medida que integra o Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), já impacta seus resultados futuros. A Localiza projeta um efeito entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão antes dos impostos no próximo trimestre devido à diminuição do IPI.
Essa redução de custo para novos veículos pode influenciar nos preços dos seminovos, exigindo ajustes nos valores de venda da frota da companhia. A Localiza já observa esses impactos e se prepara para ajustar suas estratégias de preço e venda.
